sábado, 3 de novembro de 2007

Um grito em silêncio

Hoje eu sentei em frente ao computador pra tentar escrever sobre o amor.. será?
Tem coisa que a gente tem que respeitar. Hoje eu tenho que ficar aqui pensando e escrevendo coisas talvez até pra explicar algo pra mim mesmo. Eu reparei que tudo que escrevo é carregado de perguntas. Mas eu acho mesmo que pra alguém escrever sobre o amor precisa mais é de respostas. O amor é óbvio. E é sorrindo que eu digo que se eu pudesse escrever sobre o amor passaria a noite inteira em claro. Vinte, trinta folhas. Eu sei que quando se ama vai muito fundo, se deixa tocar pelo vento, pára pra reparar nas flores, sonha e se satisfaz no sonho, é uma intensidade leve, dá pra entender? Cheia de sentimentos inexplicáveis, de ódio, de força, de loucura, de… É marcante, não digo que seja eterno porque não acredito nesta palavra, sei apenas que é eterno por um momento que seja.
Eu estou começando errado aqui, é o amor que leva a gente pra frente do computador. O movimento é outro, entende? não é ir pro computador pra escrever sobre tudo isso, é amar e ir pro computador por consequência. Mas já que estou aqui, então continuarei perdendo meu tempo em mais um texto pra não ser lido.
Essa necessidade que me trás até aqui também é inexplicável. Sinto até que é um pouco doentia. Na mais doce das ilusões, eu como pseudo escritor posso até curar minha insensibilidade. Acredito que essa é a minha hora, que posso chegar aqui e gritar em silêncio toda minha merda, que é aqui que posso cuspir meu horror.
Dor eu já senti, ah como eu já chorei de dor?! Chorar faz bem? É, eu estou perguntando. Chorar faz bem? Eu não sei direito falar sobre esse alívio que o choro me trás, eu sinto que é bom e que é ruim e que é bom e que é ruim também, de repente tudo vai embora em lágrimas e a gente é feliz de novo. e não tem mais nada que está nos machucando, até vir outra coisa e nos encostar na parede, e nos maltratar, e nos derrubar de novo, e a gente chorar… parece que é tudo um círculo, uma grande roda viva. Depois de tanto o que a gente tem é no máximo tudo de novo. E choro… E felicidade, e choro… agora eu queria estar chorando. Se eu estivesse chorando não estaria aqui. Estaria me aliviando, e me enganando, assim em seguida eu seria feliz eternamente por um momento que fosse. E não aqui. Com raiva do que estou escrevendo, e com raiva do que estou sentindo, e com raiva do que estou fazendo.. Deus! Aonde eu vou parar? Venha, me diga! Diga! É tudo mentira, ? Você fez os humanos pra que pudesse ter o seu próprio espetáculo de realidades, não foi?! Você nos deu vontades e arbítrio pra que a gente pudesse se depredar e se machucar. Nos ensinou que existe amor e que isso é uma das nossas necessidades básicas pra ter uma cadeira no céu, aí do seu ladinho, mas ao mesmo tempo deu-nos a escolha de amar como quisermos, mesmo que eu resolva me apaixonar pelas estrelas. Sim! Eu estou cansado. Não aguento mais... É, eu me apaixonei pela estrela! Por um momento eu fui eternamente feliz! Droga! E estou chorando agora. Aaaaaaaaaah!!!!!

Um comentário: