terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

De impulsos agora, é só o cigarro

Não é o medo de dizer adeus, é começar da estaca zero que me dá medo. De repente tudo de novo. Sei que ainda tenho tempo. O tempo do mundo, e o mundo ao meu redor. Mas eu não vejo mais pra que lado correm as águas. As descidas tem gosto de subida. O sal tem gosto de amargo, o chocolate perde o doce de doce em doce. É preciso sofrer pra saber como é bom o paraíso. Que seja a Terra. Que Seja a terra. Os meus cigarros não estão mais matando a minha sede. Eu que sempre fui só pulmão não consigo mais correr. Era assim que eu fazia. Um pé a frente do outro em disparo. Vem! Me abraça forte, encosta o seu coração no meu, deixa esse estalo leve nos nossos peitos entrarem em harmonia. Simplesmente peito com peito. Eu queria conseguir te dizer realmente, queria que a palavra tivesse o poder que tem o sentimento. É tudo tão forte, tão intenso. Parece que eu sou eu pra sentir. E sentir e sentir, e talvez eu um lugar longe daqui, ser, e sentir, e ser. Bem longe. Mais longe que a distância. Ponto e vírgula. As coisas tem rumo? Onde está a beleza? Eu me lembro do dia em que eu finalmente passei naquela prova. Parecia que era uma prova de vida. Se eu não estivesse dentro eu estaria fora. Mas eu estou dentro. Foi lá que eu gastei o último milímetro de força, se é que força se mede assim. Não sobrou mais nada. Aqueles cinco minutos depois do resultado é o que chamo de felicidade. É começar da estaca zero que me dá medo. O medo maior do mundo. Eu sou o mundo inteiro enquanto eu não penso em mais nada.
Sei que posso, sei que consigo, mas a custo de quê? Pra continuar acordando enquanto os outros dormem eu não quero mais. Já chega. Estrada tem fim? Eu só queria estar confiante de novo. Ainda só sinto, não sou, não sou, não sou. Só sinto. Sinto muito! Eu queria, como em filme já visto e revisto, saber o que estaria por vir, mas sou simples humano às vezes, nas outras vezes eu sempre opto por não existir. Me incomoda ler estas linhas e ver que a loucura tomou conta de mim. De repente eu sou o mundo, de repente eu não existo mais. Onde está a minha beleza? Onde está escondido o meu impulso abstrato? Agora não é mais impulso, é estado. Entender a loucura do meu coração é só em harmonia, é só peito com peito. Deus?! O senhor está aí? Olha pra mim. Agora eu estou em um daqueles momentos de existir. Veja! Eu estou criando, estou entregue ao bem. Cuida de mim? Eu sei que Você não pode andar por mim, mas cuida de mim? Eu estou seriamente precisando de cuidados, estou a ponto de pular, a ponto de me entregar ao vento, e de quanto mais alto eu conseguir. É o suicídio silencioso. Me mostra como eu posso voltar a correr. Só pulmão, só pulmão. Sem sede, sem cigarros. Não dá pra esperar mais, dá-me de volta o disparo. Me ensina como é acordar de manhã, eu cansei de ver o sol nascer. De tanto já ter feito, cheguei a conclusão que sol não nasce, apenas brinca de dar voltas ao mundo. Sol não nasce. Eu cansei de ver o sol girar. me ensina a ser forte de novo. Acredite em mim. Eu sou bom, eu estou pelo bem.
Eu sou bom, eu estou pelo bem. O tempo do mundo. O tempo do mundo, eu tenho o tempo do mundo. O tempo do mundo, e o mundo ao meu redor.. o tempo do … mundo… o tempo.. do…. O Senhor ainda está aí? Tenho a impressão que o tempo de mundo parou. Foi Você?
Como é olhar paras coisas aí de cima? É como no filme, ? Repetido, repetido, repetido… estou com sede.

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