domingo, 23 de dezembro de 2007

A gente é obrigado a nascer e morrer

É como uma agulha sem linha que vai furando tudo pelo caminho sem costurar nada! Depois a gente tem que responder pelo que faz! Aí a gente se ferra totalmente se a resposta for "não sei", e quer saber de uma coisa? Não sei! Não faço a menor ideia! Que caia uma bomba em plena praça sete! eu não sei... e isso é real. A gente pode tocar no nosso medo se não tiver medo de saber que ele existe. tudo some ás vezes. Tem um cigarro? Eu estou aqui, perdido no meio do nada, criando uma história de mentira. Sorrindo porque tenho que sorrir, chorando porque tenho que chorar, vivendo porque tenho que viver. Chamem todos os padres, todos os budas, que eles tragam o poder de mil curas! Você sabe onde guarda isso? Não tem cor nenhuma, mas fede feito um pato morto e mal enterrado. E se tem que ser assim que eu não acorde mais, que a busca acabe aqui! É um sim por um não; e toalhas secas, claro, sempre toalhas limpas e secas. E se responde a tudo responde também ao que não pergunta! Eu não quero saber! entende isso? Lá na terra do eu-sou-feliz como as pessoas dizem adeus? Elas cagam lá? Me dá a merda do cigarro! Eu sou fumante, não percebe? Sente o gosto, é o cigarro impregnado nas minhas veias. É a minha alma clamando pelo seu socorro. Acorda! Eu estou num poço tão fundo que a alma pura morreria ao se aproximar. eu sou o pato morto, maldito e acabado. acabado aqui, sem minhas repostas. Porque não é você que responde minhas perguntas. E saiba: Deus não existe mais pra mim, e se isso te mata um pouco, que você fique aos pedaços! Eu sou agulha, entende? Agulha, sem linha!

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