quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Cuida de mim?

É cuida de mim, me põe em baixo da sua asa e faz um cafuné. Eu não sei o que eu faria, realmente. É assim, fechar os olhos de novo e acordar no meio do sonho. É tudo para o universo. Quanto tempo se passou? Parece que foi ontem, e a gente ainda era flor fechada. Mas não, está tudo bem, está bem. Eu cuido de você. Deita aqui em baixo da minha asa. Eu vou te fazer um cafuné. Fecha os olhos. Sonhe. Não se assuste. Você está no meio do nada, e no meio de tudo. O sol está brilhante, não tem mais ninguém, é um penhasco, lá em baixo você pode ver o mar batendo pleno na rocha, atrás de você tem outro mar, de montanhas, é só você e Deus pra você! É seu momento, grita, grita pra mim. É o tempo de um soneto, que vai a vida inteira. Talvez a última frase. Talvez o último olhar. Está tudo bem, sinta o cafuné, não se assuste. É só ter calma, não tem sentido nem pra mim... Você é ainda mais sereno enquanto dorme. Está tudo bem. É um intensidade leve, entende? É flor desabrochando. Amanhã é um novo penhasco, e Deus de novo. E assim, por mais mil anos, quanto tempo se passou? cuida de mim? Eu estou com frio. Não sei explicar, talvez seja essa vontade de correr, e de gritar ao mesmo tempo. Me dá seu colo pra eu descansar. Isso, é assim que eu consigo dormir em paz. Quanto tempo se passou?

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