sexta-feira, 26 de março de 2010

Conclusão de coisa alguma

Usamos palavras de mais. Por mais que o que se via eram somente os gestos. Falamos, falamos, falamos. Pouco parou pra escutar, não é assim que funciona. Nos pusemos à mostra. Sentamos na vitrine. Expostos. Talvez seria esse o melhor momento para o trabalho dos nossos ouvidos, mas não. Não é permitido. O combinado implícito é justamente o oposto, se ponha às ofertas e fale sem parar, somente assim o acreditam... É a loucura daquilo que não para, do que não pensa. Estar vivo e vivendo é cheio de consequências, as vezes idiotas. Cheio de surdez e de grito… por outro lado. Depois de tanto, fomos vistos. Até mais que isso: fomos apreciados. Aplaudidos. Nos disseram que fomos bravos, que pisamos em terra firme mesmo sem ver que estávamos andando.

Obrigado.

Mas depois do movimento, da fúria, do tumulto, eu apenas me pergunto: pra que tanto?

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